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O Legado das Mulheres nas Olímpiadas de Paris


Legado das Mulheres nas Olímpiadas de Paris

Os primeiros Jogos Olímpicos modernos foram realizados em Atenas, na Grécia, marcando uma era de competições dedicadas exclusivamente aos atletas masculinos.


Com o passar do tempo, novas portas foram se abrindo: em 1900 durante as Olimpíadas de Paris, as mulheres fizeram sua estreia tímida, representando apenas 2,2% dos competidores. Avançando para 1924, esse número cresceu para 4,4%, mas somente em 2012 as mulheres tiveram a oportunidade de competir em todas as categorias.

 

Este ano, celebramos um marco significativo: um século desde que Paris acolheu os Jogos Olímpicos, e a Cidade Luz se preparou para receber novamente este grandioso evento.


Pela primeira vez na história em mais de 100 anos, tivemos 55% de mulheres na delegação brasileira.  O impacto delas foi além dos números, elas não apenas competiram, mas também conquistaram 65% das medalhas que trouxemos de volta para casa, incluindo três ouros, todos eles ganhos por atletas femininas.

 

A cerimônia de abertura foi um espetáculo à parte.  Para aqueles que atuam no setor de hospitalidade e eventos, sabem o quanto é desafiador fazer um evento dessa magnitude, coordenar muitas pessoas, desejos, expectativas envolvidas, manter o segredo de muitas coisas que aconteceram e mudar a logística de uma das principais cidades turísticas do mundo. Céline Dion, com sua presença poderosa, transformou a abertura num momento de pura emoção.  Sua determinação em cantar, mesmo enfrentando um delicado estado de saúde, nos lembrou da importância de viver o presente e do valor dos momentos que construímos todos os dias. O passado? É a história que nos conduziu até aqui.

 

Nesta edição, também testemunhados a Olímpiada da Fé, onde independente das crenças, religiões, as demonstrações de gratidão e a compreensão de Deus como uma fortaleza se manifestaram em várias ocasiões. Se eu pudesse resumir, diria que a Fé e a Gratidão caminharam de mãos dadas durante as competições, refletindo uma união genuína que emocionou a todos nós.

 

A nossa tão esperada medalha de ouro chegou pelas mãos da Beatriz Souza, que emocionada dedicou a sua avó. Reverenciar a sua ancestralidade é reconhecer a sua força interior. Quanta inspiração, superação e vontade de vencer  na vida desta jovem atleta.

 

Rebeca Andrade nos representa, é um símbolo de nossa luta e vitória.  Ela representa a força da mulher brasileira, da mulher negra, da superação, da persistência, do foco. Mas quero falar da Dona Rosa, sua mãe que representa um pouco de todas as mães que se desdobram diariamente para que os sonhos de seus filhos se realizem.  Cada imagem das “Mães das Olimpíadas” nas arquibancadas, torcendo e vibrando, nos tocou profundamente.

 

Apesar de vivermos num mundo repleto de divergências, o Brasil se uniu. Nas últimas semanas era genuíno a empolgação e o apoio às nossas atletas, seja nas ruas ou nas redes sociais. Cada conquista era celebrada como uma vitória coletiva, envolvendo famílias, amigos e todos que torciam, tanto em Paris quanto aqui no Brasil.

 

Para mim as celebrações das vitórias merecem e devem ser compartilhadas. Ninguém chega ao topo sozinho. E várias atletas demonstraram isso ao festejar não apenas as suas conquistas, mas as de suas adversárias também.  

 

Um dos momentos mais emocionantes foi assistir Simone Biles reverenciar Rebeca Andrade, um gesto de humildade e reconhecimento, lembrando-nos que devemos abrir portas, não apenas para mais mulheres, mas para todos que buscam seu espaço.  Biles trouxe à tona um tema de suma importância, a saúde mental, um componente essencial para o foco e boas decisões.  O equilíbrio entre mente e corpo é a verdadeira receita para a plenitude, um ensinamento que muitas vezes foi negligenciado.

 

As mulheres deixaram lições valiosas na construção desse legado:

 

Liderança é uma jornada difícil, mas reconhecer as forças dos concorrentes é vital.

 

- Sozinho, não chegamos a lugar algum. Cada medalha conquistada é o resultado de uma história de uma equipe, família, treinadores, apoiadores, uma verdadeira rede de apoio.

 

- Superamos adversidades com flexibilidade e criatividade. Ser atleta em um país que não valoriza o esporte é uma vitória em si.

 

- A experiência é construída através dos detalhes. A foto do Medina feita pelo Jerôme Brouillet, nos lembrou da beleza efêmera de cada conquista.

 

- A inovação está em ultrapassar limites. A arte de Zed Anwar, trazendo a imagem de Simone Biles como símbolo da Mercedes Benz representa o silêncio na música.

 

- Compartilhe suas vitórias e a jornada que a acompanhou. Cada história pode servir de inspiração para que mais pessoas assumam o protagonismo de suas vidas.

 

- As pessoas são as verdadeiras protagonistas dos resultados. A Tilibra, ao ouvir o desejo dos clientes por um caderno com a imagem de Medina, atuou de forma rápida e mostrou como é possível agir de maneira eficaz quanto todos estão comprometidos. Parabéns, Danielle Medina e todo o time envolvido.

 

“Busque o seu Propósito e Deixe o seu Legado” é o mantra de vida da Renata Spallicci. Essa frase ressoa em cada passo dado por esses atletas e representa a jornada de construção de um legado e futuro brilhante para às próximas gerações de atletas brasileiras.

 

Agora, juntos vamos torcer pelos nossos atletas nos Jogos Paralímpicos. Já alcançamos um recorde histórico, a maior convocação feminina na delegação  brasileira na história dos Jogos com 45,67% da delegação composta por mulheres.

 

Que este legado seja construído por essas atletas, mas por empresas, pela sociedade e pelo poder público, que entendam a a importância do esporte na transformação e no desenvolvimento de nossa sociedade.

 

Lu Carmo

VP Mulher da FBM

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