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O Futuro do Varejo de Material de Construção

Atualizado: 2 de jul.


O Futuro do Varejo de Material de Construção

Tenho como propósito conectar pessoas e compartilhar conhecimentos e resultados através das experiências e projetos de aprendizados práticos que realizo com empresários e executivos no mundo.


Visitando  empresas, participando de congressos e realizando programas customizados para Varejistas em renomadas universidades. Nos últimos 12 anos tive a oportunidade de conhecer e visitar  mais de 2300 lojas em 5 continentes e no Brasil.


O varejo é um negócio feito de pessoas para pessoas. Essa loja do futuro é construída dia após dia, e está em constante evolução.


Não há uma receita pronta, porém o primeiro passo na construção dessa base sólida será fundamental:  respeitar a essência do Varejo de Material de Construção, que é canal muito importante de conexões entre as marcas e os seus clientes, um provedor de soluções e serviços, que em algum momento, faz parte, da vida de todas as pessoas.


Esta loja deverá proporcionar uma jornada de experiências de consumo com soluções cada vez mais ágeis, simples e práticas. Facilitando a vida do cliente, conectando novos canais de vendas e serviços através das ferramentas digitais, sem perder o encanto do relacionamento e do jeito de fazer Varejo no setor.


Será imperativo estar presente onde está o seu cliente. Isso fará toda a diferença na ampliação do seu relacionamento com o mercado, porque é importante olhar para o cliente do amanhã e a sua forma de se relacionar com o Varejo.  A expectativa de viver além de um século se tornará a norma, de acordo com as especialistas em Economia Prateada. Em 2030 o Brasil terá a 5ª maior quantidade de idosos do mundo e 63% das pessoas com mais de 60 anos são provedoras de família. De acordo com a Hype50+ o consumo dessa população cresce 3 vezes mais rápido em comparação com o dos mais jovens.


Portanto as Lojas do Varejo de Material de Construção mais visionárias estarão preparadas para atender este consumidor. experiente,  que precisa de produtos e serviços relacionados aos seus novos ciclos de vida, mudanças no lar e também na forma de trabalho.


Por outro lado também temos a geração Z conectada com hábitos de consumo que transitam pela ominicanalidade,  utilizam digital, lojas físicas. São práticos, aadeptos da acessibilidade e simplicidade e estão engajados em construir um mundo melhor. Portanto as marcas, lojas e empresas que compactuam com os seus valores estarão no topo das suas prioridades. É uma geração que sabe ressignificar. Não são movidos pelo impulso. Acompanho o comportamento das grandes empresas de varejo no mundo pesquisando e testando soluções nas suas lojas para estes consumidores.


Quando falamos em evolução do Varejo , falamos do Varejo Hiperfísico onde as lojas físicas são as protagonistas na conexão fundamental entre as marcas e as pessoas. Muito além de um ponto de venda de produtos e serviços mas de locais onde há um relacionamento humanizado, um impacto sensorial, que provoca as nossas emoções e desperta os nossos sentidos. O foco nas pessoas passará a ser mais abrangente, pois as lojas possuem um impacto e poder de transformação nas comunidades onde estão presentes, nas parcerias e construção de relacionamento com os fornecedores e principalmente com o foco nos seus funcionários e clientes.


Várias pesquisas que já foram realizadas no mundo apontam que os consumidores ainda têm a preferência por fazer as suas compras em lojas físicas.


Um estudo realizado pela A.T. Kearney resume: 81% dos consumidores entre 14 e 24 anos declaram que, se podem, preferem comprar em lojas físicas e 73% destes consumidores gostam de descobrir novos produtos nestes ambientes.


Isso amplia o papel da loja física como um hub social, com o engajamento das comunidades onde estão presentes, logístico pois é o centro logístico para as operações o ecossistema multicanal e principalmente um canal importante de captação de dados, informações que são muito valiosas para conhecer o seu cliente e a sua jornada de relacionamento com a empresa.


Numa pesquisa realizada pela PwC com consumidores de 12 países, incluindo o Brasil, para 73% destes consumidores a experiência na loja física é um importante diferencial nas decisões de compras. No Brasil, este índice sobre para 89%.


A loja de material de construção faz parte da história da vida das pessoas na realização de um sonho quando envolvem as reformas e construções de um imóvel. Na manutenção, nos serviços que são oferecidos. E vai além, porque cada vez mais estas lojas que conhecem os seus clientes oferecem produtos e serviços para diversos momentos de consumo.   Cada vez mais as lojas deverão conhecer o seu cliente e antecipar as suas necessidades. Como fazer isso? Oferecendo soluções completas. O tempo é escasso e quando uma loja oferece solução, praticidade, atendimento humanizado isso substitui a relação transacional focada em preço para uma relação de valor que é duradoura e leal.


Haverá um aumento das mulheres nos cargos de liderança e na área comercial. Hoje as mulheres representam mais de 50% da população, o aumento da diversidade nas empresas já comprovou o crescimento de resultados e um número bem elevado de mulheres são provedoras das famílias.


A inteligência artificial ampliará as suas funcionalidades contribuindo para a gestão dos dados que são muito valiosos nos negócios, controle e melhoria da gestão do inventário, controle de custos, e organização de informações que contribuem para a estratégia de decisões dos gestores. Uma gestão eficaz reduz custos desnecessários, amplia a gestão dos estoques a luz de uma realidade do mercado e com isso gera maior tempo para que as pessoas sejam pessoas e cuidem de gente no Varejo.


As inovações no Varejo surgem de coisas simples, cuidando dos detalhes é que ganhamos resultados gigantes. A tecnologia é meio e não fim. Nos ajudará cada vez mais a organizar os dados para que os empresários possam tomar decisões mais assertivas.


Os Centros de Distribuições serão cada vez mais integrados a operação do Varejo, habilitando as lojas a fornecerem um leque mais amplo de produtos e soluções para os seus clientes.


Com relação as indústrias acredito que para o setor do Varejo de Material da Construção o acesso organizado aos dados de consumo e comportamento do consumidor aliados a sustentabilidade e as transformações que as cidades inteligentes, novos hábitos de consumo e moradia estão acontecendo servirá de base fundamental para os lançamentos dos novos produtos.


A flexibilidade aliada a facilidade de tornar processos complexos cada vez mais simples será um diferencial, porque se algo não funcionar, alterne a rota. Teste e faça as correções rapidamente. Fazer a gestão dos indicadores será crucial para medir seus resultados e traçar com coerência o próximo desafio.


A “era das pessoas” já iniciou e cada vez mais times treinados e preparados para entender e assistir este consumidor farão toda a diferença.


Colaboração será palavra de ordem, no relacionamento com os fornecedores, entre os funcionários, e principalmente nos impactos positivos que cada um vai gerar e contribuir com a comunidade ao seu redor.


O relacionamento sustentável será ampliado e cada vez mais as pessoas estarão conectadas com as marcas e lojas que fazem o certo e que estejam alinhadas com os seus valores pessoais.


Construiremos negócios mais diversos e inclusivos hoje, para que amanhã isso não seja mais uma pauta e sim uma realidade. As boas práticas de ESG que demonstra o quanto a empresa está socialmente, ambientalmente consciente em sua gestão podem ser aplicadas para qualquer tamanho de empresa. Porque todos temos a oportunidade através das nossas escolhas e ações de transformar o mundo num lugar muito melhor.

 

Luciana Carmo

Empresária, conselheira independente, Vice Presidente – Mulher da FBM

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